Edição do dia 17/08/2012
17/08/2012 22h12
- Atualizado em
17/08/2012 22h12
Tecnologia ajuda a criar novos aparelhos para pessoas deficientes
Equipamentos desenvolvidos por pesquisadores independentes em feira de SP tentam atrair indústrias para serem fabricados em larga escala, mas preços elevados ainda tornam mercado inacessível para muitos.

Quase 46 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência. Para
melhorar a qualidade de vida dessas pessoas, pesquisadores apresentaram
as novidades do setor em uma feira em São Paulo.
Tanta simpatia só para os carros de quem tem deficiência. O sensor no
chão de um estacionamento reconhece o dispositivo eletrônico instalado
no veículo e libera a entrada.Os outros motoristas são denunciados.
“Esta vaga é exclusiva, estacione em outra vaga”, diz a gravação.
“Ninguém gosta de pagar um mico em público. Então na hora ele já vai
ser constrangido e vai deixar a vaga aberta”, comenta o empresário
Sérgio Yamawaki.
Para o aluno que não vê, a ilustração de uma aula de biologia é
substituída pelo tato. No exemplo, a menor parte do corpo humano, a
célula. O deficiente visual lê em braile as explicações enquanto com a
outra mão sente a forma do que ele não consegue ver nos livros.
Um mouse funciona como um guia para o deficiente visual ler o que está
na tela do computador. Quando o cursor se movimenta, automaticamente,
letras e números são transformados em pontos no sistema braile, no
próprio mouse.
O mouse portátil é conectado ao computador por uma rede sem fio.
“Eu tenho condição de perceber a escrita, a grafia, e isso é
fundamental e nos ajuda na preservação do braile, proporciona nossa
inclusão”, diz o professor Davi Farias Costa.
Em uma feira de reabilitação, equipamentos desenvolvidos por
universidades e pesquisadores independentes tentam atrair indústrias
para serem fabricados em larga escala. É só um dos desafios do mercado
de produtos para pessoas com deficiência, que continuam inacessíveis
para muita gente.
Uma perna mecânica para praticar esportes impressiona, mas custa R$ 15
mil. Uma mão biônica sai por R$ 120 mil. Tem gente que não sai de casa
porque não consegue comprar equipamentos bem mais simples.
Cid Torquato tem condições, mas foi buscar na Alemanha uma cadeira
computadorizada. Diz que pagou o equivalente a R$ 50 mil, R$ 20 mil a
menos do que custa no mercado brasileiro.
“Poucos produtos, caros, tecnologias ultrapassadas. Nós estamos muito
defasados com o que está acontecendo no resto do mundo”, revela o
advogado.
Preocupada com qualidade, a Associação dos Fabricantes acaba de lançar
um selo. Para reduzir o preço, o governo federal zerou os impostos que
incidem na venda e na importação, mas os fabricantes querem menos
tributos também nas matérias-primas. Dizem que assim, o preço da cadeira
de rodas, por exemplo, poderia cair cerca de 30%.
“O custo do produto nacional ainda é elevado para o consumidor em
função ainda do custo Brasil”, aponta o diretor da Associação Brasileira
da Indústria de Produtos para Deficientes (Abridef), Gino Salvador.
De uma tese de mestrado surgiu um triciclo elétrico de baixo custo, um
guidão com bateria que se adapta à cadeira de rodas. O maior apelo do
equipamento, que ainda é um protótipo, é o raro gostinho de liberdade.
“Cada passo desse é um avanço gigantesco, porque atrás de uma ideia vem
outra e outra melhor e abre mais o leque. Enfim, é um avanço, um grande
avanço”, conclui o fotógrafo Nivaldo Alves.Fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2012/08/tecnologia-ajuda-criar-novos-aparelhos-para-pessoas-deficientes.html
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