Uma pessoa é considerada que tem baixa visão quando apresenta:
Alteração da capacidade funcional da visão (o que é isto?) é a decorrência de inúmeros fatores isolados, ou seja, baixa acuidade visual significativa, redução importante no campo visual, alterações corticais ou sensibilidade aos contrastes que interferem ou que limitam o desempenho visual do indivíduo (BRASIL, MEC/SEESP, 2006).
Portanto uma pessoa que apresenta baixa visão é de suma importância que ela realize uma Avaliação Funcional da Visão (AFV), que tem por finalidade observar qual o resíduo visual e como ele está sendo utilizado em sua funcionalidade. A Avaliação Funcional da Visão deve ser realizada, preferencialmente, pelo pedagogo especializado na área da deficiência visual.
A capacidade funcional da visão ou visão funcional refere-se à interação da percepção visual e do ambiente, ou quão bem as pessoas enxergam em suas vidas cotidianas (exemplo: no trânsito, no trabalho, na escola ou no lazer) em níveis variáveis de iluminação.
A visão funcional inclui muitas funções, como a visão central ou acuidade visual, sensibilidade à luz, aos contrastes e movimentos, percepção de cores, visão periférica (que nos ajudam a perceber objetos em nossa visão lateral), além de processos interpretativos.
Concluída a AFV o próximo passo caso seja necessário é iniciar a Estimulação Visual (EV)
A estimulação visual consiste em utilizar a visão residual que a criança possui, proporcionando exercícios específicos que se baseiam no funcionamento visual com o objetivo de alcançar o mais alto desempenho possível desse resíduo visual.
Quando se fala em funcionamento visual parte-se então, da primeira função óptica que está relacionada ao processo de fixação, focalização, mobilização e acomodação. A segunda função óptica é a perceptiva que diz respeito à concentração nas tarefas visuais para discriminação, reconhecimento, identificação e memória visual. A terceira função óptica é a perceptivo viso-motora que compreende o trabalho óculo manual com as funções perceptivas.
Quando é atendido alunos em fase escolar, faz-se necessário orientar o professor regente quanto às dificuldades visuais de seu aluno, além de repassar as adaptações necessárias para um bom rendimento acadêmico. São algumas delas:
- Observar a posição em que o aluno irá sentar na sala de aula;
- Nível de iluminação;
- Necessidade de materiais adaptados como caderno pautado, livro ampliado, lápis 3B, 4B ou 6B;
- Contornar os materiais com caneta de ponta porosa;
- Níveis de contraste;
- Necessidade de mesa inclinada.
Professora: Andreza Moreira Ferreira
Professora Especialista em Deficiência Visual, AFV e EV
CAP Estadual de Uberaba/MG
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